O Banco da Inglaterra é um dos principais bancos centrais da Europa. É a mais antiga instituição financeira com uma postura conservadora, uma reputação impecável e uma rica história, e não foi à toa que foi tacitamente chamada de “Velha Senhora”.
O Banco da Inglaterra foi inaugurado em 1694. O governo precisava de fundos para continuar a guerra com a França. O financista escocês William Peterson propôs a criação de uma instituição financeira especial que imprimiria notas de papel para apoiar o orçamento do país. Como resultado, uma sociedade anônima especial foi criada, de propriedade de 1.260 acionistas, incluindo o rei e vários membros do parlamento.
Foi assim que surgiu o Banco da Inglaterra, e a primeira prestação foi de 1200 libras esterlinas, que se tornou o empréstimo inicial ao governo.
O prédio do banco foi projetado pelo arquiteto John Soan. Acabou por ser um verdadeiro cofre de pedra com paredes em branco e grades nas janelas, que até recentemente era guardado por guardas especialmente treinados.
Em 1925-39, o banco foi totalmente reconstruído por Herbert Baker, mas a parede em branco foi preservada. Vale ressaltar que o piso do hall da entrada principal é decorado com mosaicos do famoso artista russo Boris Anrep.
Agora, o edifício foi modernizado e equipado com modernos sistemas de segurança eletrônica.
Inicialmente, essa organização tinha o direito de conceder empréstimos em garantia, emitir letras de câmbio, realizar transações com letras do mercado e também comprar e vender metais preciosos. Além disso, o rei não tinha poder completo sobre o banco. Para receber um empréstimo, ele precisava obter o consentimento do parlamento.
Como resultado, a maior parte do dinheiro inglês (nomeadamente moedas de ouro e prata) foi para os cofres do Banco da Inglaterra. Para garantir a viabilidade das notas de papel, seu valor total foi vinculado ao peso do ouro em cofres bancários. O papel-moeda estava em circulação como substituto do ouro (a antiga moeda principal da Inglaterra). O ouro era o padrão pelo qual a quantidade de papel-moeda era medida. A vinculação de notas de papel emitidas pelo banco ao metal precioso adquiriu o nome de "Gold Standard".
Vale ressaltar que até 1979, não existia um regulamento oficial regulando o funcionamento desta instituição. Em 1979, foi aprovada uma lei segundo a qual o Banco da Inglaterra classifica todas as instituições de crédito que aceitam depósitos. A partir de agora, após uma verificação séria, todos eles receberam um novo status. Algumas organizações recebem o status de bancos reconhecidos na Inglaterra, outras - empresas licenciadas para aceitar depósitos. No mesmo ano, os conservadores, liderados por Margaret Thatcher, chegaram ao poder no país e a política monetária estava no centro das atenções. O controle das atividades de todos os bancos na Grã-Bretanha é realizado pelo governo diretamente por meio da venda e compra de notas.
Na década de 90 do século passado, as operações de mercado passaram a ser a prioridade. O Banco da Inglaterra, de acordo com o decreto do Tesouro, conclui várias transações a fim de manter o montante necessário de ouro do país e as reservas cambiais. Ele também teve que controlar a taxa de câmbio da moeda nacional.
Em 1997, o Banco Central da Inglaterra, a Autoridade de Conduta Financeira e o Tesouro assinaram o Memorando. O documento definia os princípios e as condições para um trabalho bem coordenado com o objetivo de criar a estabilidade financeira do país.
O Banco da Inglaterra é chefiado pelo CEO. Ele faz parte de uma diretoria com 16 outros membros nomeados pelo governo. Entre eles, estão 4 diretores do próprio Banco, e as outras 12 pessoas são proprietários ou administradores de grandes holdings e empresas. A diretoria deve se reunir pelo menos uma vez por mês para discutir e resolver questões importantes relacionadas ao trabalho do banco. Os assuntos atuais e os momentos de trabalho são decididos pela comissão de tesouraria. O Tesouro é composto por 5 diretores, um gerente e seu substituto.
