Existem muitas sutilezas na contabilidade que não surgem com muita frequência na prática, mas é o conhecimento da ordem das ações nesses momentos "estreitos" que constitui a expertise do especialista. Essas questões incluem o reflexo da baixa de ativos ilíquidos.
Primeiro, vamos descobrir o que é. Líquidos ilíquidos são bens, itens de estoque que não podem ser usados nas atividades de uma empresa e estão sujeitos a liquidação e, portanto, a serem baixados. Também inclui produtos acabados que não puderam ser vendidos.
Por que os ativos ilíquidos são formados?
Pode haver muitas razões para a formação de ativos ilíquidos: redefinição do perfil de uma empresa, como resultado do qual os estoques existentes permanecem não reclamados, diminuição da demanda por produtos, perda de clientes, aumento da concorrência, mudanças nas tendências, erros no planejamento da produção, perda de produtos de qualidade durante o armazenamento de longo prazo, etc.
O que fazer com ativos ilíquidos?
As opções podem ser muito diferentes e dependem da categoria do produto. Por exemplo, você pode:
- anunciar um desconto em tais produtos;
- segure uma venda;
- tornar ilíquido um produto relacionado, o que ajudará a aumentar as vendas de outro produto;
- vender produtos alimentícios a granel para fazendas, para ração de gado;
- vender um produto no mercado a um preço com desconto;
- vender o produto após revisão com diminuição do valor.
Como fazer a baixa de ativos ilíquidos na contabilidade e contabilidade tributária?
Os saldos de produtos não realizados na contabilidade podem ser baixados para outras despesas como propriedade obsoleta. Na contabilidade tributária, o custo dos estoques baixados pode ser atribuído ao custo de produção que não gerou os produtos.
A decisão de baixa de mercadorias devido à obsolescência é tomada pelo gerente, mas para fundamentar esta decisão, uma comissão é criada de pessoas materialmente responsáveis que devem:
inspecionar materiais, fixar na documentação as razões de sua inadequação para uso posterior para os fins pretendidos
para avaliar a possibilidade de usar para outras necessidades ou para implementação paralela, avaliar seu valor de mercado (isso é feito em conjunto com especialistas de serviços econômicos).
Se, no final da comissão, ficar estabelecido que é impossível continuar a utilizar a refinaria, então estão sujeitas a alienação. Na contabilidade, seu custo está incluído em outras despesas:
Dt 91 - Kt 10 - materiais moralmente obsoletos baixados
São refletidos no balanço no final do ano de referência, deduzida a provisão para a redução do custo dos ativos tangíveis. Essa reserva é formada às custas dos resultados financeiros da organização pelo montante da diferença entre o valor atual de mercado dos estoques e seu custo real, se o valor deste for superior. Ou seja, se durante o ano os produtos ilíquidos não foram baixados e permaneceram no almoxarifado ao final do ano, é necessária a constituição de uma reserva (vide cláusula 20 das Diretrizes Metodológicas):
Dt 91-2 - Kt 14 - foi criada uma reserva para redução no custo dos estoques
Em períodos de relatório subsequentes, à medida que os produtos para os quais a reserva foi criada são baixados, o valor reservado será restaurado por lançamento reverso:
Dt 14 - Kt 91-1 - o valor reservado foi restaurado
Porém, deve-se lembrar que a contabilidade tributária não prevê a possibilidade de criação de tal reserva e, portanto, o valor das deduções da reserva não é considerado uma despesa do ponto de vista tributário. Portanto, surge uma diferença permanente, exigindo o reconhecimento de um passivo tributário permanente na contabilidade (de acordo com a cláusula 7 do PBU 18/02).
Da mesma forma, na contabilidade fiscal, o lucro e o valor da reserva restaurada não são reconhecidos, portanto, à medida que os produtos são baixados e a reserva é restaurada, um ativo fiscal permanente deve ser refletido na contabilidade:
Dt 99 - Cr 68 - um passivo fiscal permanente foi provisionado para o valor da reserva
Dt 68 - Kt 99 - refletia um ativo fiscal permanente na parte da provisão restaurada
Atrás de qualquer motivo de formação de ativos ilíquidos, mesmo que à primeira vista pareça puramente externo, independente da empresa, de fato, existem imperfeições nos processos de organização empresarial. Para identificá-los, você pode usar a metodologia simples, mas eficaz, dos Cinco Porquês. Ela nos diz que se você formular um problema e fizer a pergunta “Por quê?” 5 vezes, encontrará sua raiz. Este método é melhor usado em discussões de brainstorming.