A crise financeira na Europa comprometeu o bem-estar da economia global. Alguns países estão ameaçados de ruína. Se a crise é acidental ou se deve a erros de políticos e economistas.
Quem é o culpado?
Existe uma ligação entre o colapso do mercado de ações americano e a crise na Europa. Grécia, Chipre, Espanha e Islândia estavam sob ataque. Esses países traziam a dívida nacional para o PIB anual (produto interno bruto; todos os bens e serviços produzidos no país, em termos monetários). Os países da União Européia quase alcançaram os Estados Unidos em termos do tamanho da dívida nacional com seus credores. Objetivamente, a economia líder no momento é a China, que é credora dos maiores países do mundo.
O que fazer?
Segundo a teoria do cientista soviético Nikolai Kondratyev, as crises contribuem para o desenvolvimento cíclico da economia. O “Ciclo Kondratieff” tem uma duração de 45-60 anos, que inclui a ascensão e queda do mercado.
Apesar do perigo da crise europeia para a economia mundial, há pessoas que ganham grandes somas de dinheiro com as graves flutuações das taxas de câmbio e o caos generalizado. O comportamento no mercado de ações deve ser o oposto do movimento nervoso da multidão. Warren Buffett, um dos investidores mais famosos do mundo, fez as maiores somas numa época em que as ações de empresas famosas na bolsa de valores caíam para mínimos recordes.
O valor dos imóveis na Espanha e na Grécia caiu drasticamente. Nesse sentido, os governos desses estados europeus simplificaram o procedimento de privatização de apartamentos, casas e terrenos. Vender propriedades pode aliviar o fardo dos governos e ser um bom investimento para investidores estrangeiros.
Cisne Negro
A economia grega tem um déficit orçamentário de 150% do PIB. A dívida nacional da França, Alemanha e Reino Unido ultrapassa 100% do PIB.
O economista americano Nicholas Taleb, em seu livro "Black Swan", acusou proeminentes políticos e financistas mundiais de descuido flagrante. Confiando em fórmulas complexas e modelos matemáticos, eles pararam de sentir a realidade, escreve Taleb. O Cisne Negro é um evento sério que nunca foi prototipado antes. O pensamento: "Se você ainda não viu cisnes negros, não quer dizer que não existam" perpassa a obra de um reconhecido financista e pensador.
Possíveis desenvolvimentos
A economia da Europa é bastante frágil. As reservas de ouro e divisas de muitas das maiores economias (Alemanha, Grã-Bretanha, França) não dependem do ouro, mas de títulos do Tesouro dos Estados Unidos. A dívida nacional dos Estados Unidos está crescendo e Barack Obama ainda não encontrou um "antídoto" para a estagnação econômica dos EUA.
As economias dos países europeus podem sair do colapso cortando custos e aumentando o financiamento de empresas no setor real. As "bolhas" que se acumularam na área de finanças, TI e consultoria vão estourar mais cedo ou mais tarde. Os governos europeus devem reduzir essencialmente as concessões de dívidas e investimentos em bancos falidos e estruturas de monopólio.
Se a Europa não responder aos sinais dados pela crise e continuar a aumentar a sua dívida com Estados fortes, isso pode levar a outro “Cisne Negro” de uma escala sem precedentes. Milhões de pessoas podem ficar sem pensões e salários. A economia da Europa está ameaçada e apenas políticas sólidas podem melhorar a situação sem recorrer ao populismo.